quarta-feira, 5 de março de 2014

Protestos na Venezuela têm exaltados, mas ação é isolada

Durante manifestações, minoria de jovens enfrenta a polícia e promove depredações

 

Desde o início dos protestos contra o governo na Venezuela, em fevereiro, boa parte das passeatas foi pacífica, mas houve episódios em que alguns estudantes entraram em confronto com a polícia. A população mais pobre também faz protestos violentos e monta barreiras pela capital. O número de detidos se conta às centenas, mas entidades de defesa de direitos humanos afirmam que as prisões não decorrem da contenção a atos de vandalismo; na maioria dos casos, a alegação é de que a manifestação era proibida.

Se a oposição e os estudantes admitem a presença de manifestantes exaltados, ressaltam que pessoas ligadas ao governo são infiltradas nas passeatas especificamente para provocar tumultos. "O mais interessado em colocar em nós o rosto da violência é o governo”, afirmou o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, um dos líderes opositores. O ex-candidato presidencial e governador de Miranda, Henrique Capriles, também alertou para a presença de infiltrados. “Todos tenham calma, ninguém caia nas provocações de setores oficiais, atentos com infiltrados que andam promovendo conflitos”, disse o oposicionista em sua conta no Twitter.

No dia 27 de fevereiro, um sargento das Forças Armadas que estava à paisana foi identificado pelos manifestantes, que o entregaram a policiais da Guarda Nacional, segundo o jornal El Universal. O infiltrado estava armado com uma pistola 9 milímetros. O presidente Nicolás Maduro afirmou que alguns funcionários das forças de inteligência cometeram excessos durante os protestos, mas tentou isolar o fato. “Esses funcionários são uma exceção dentro do disciplinado departamento do Sebin [Serviço Bolivariano de Inteligência]", afirmou à rede britânica BBC. "Eles violaram ordens. Por que fizeram isso, não sabemos. Mas estamos investigando". Ao mencionar infiltrados, o herdeiro de Chávez fala de pessoas diferentes das citadas por estudantes e oposição. O chavismo classifica os infiltrados de “fascistas” e “golpistas”, termos usados até para se referir a jovens segurando cartazes com palavras de ordem.

Mais informações no link abaixo:

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/quem-sao-os-exaltados-da-venezuela

 

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